sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Não pule 7 ondinhas. Mergulhe na minha demagogia.
Impossível chegar ao penúltimo dia do ano e não cair numa retrospectiva.
Estaria mentindo se dissesse que 2011 foi um ano de muitas realizações, mas seria injusta se negasse a importância dos últimos 363 dias.
Segurei muitas barras neste ano, coisa de fazer qualquer halterofilista morrer de inveja. Retomei uma luta de 2008 e por presunção estou certa da vitória; aprendi - mesmo que um pouco tarde - a fazer o que tem de ser feito.
Sei que 2011 foi o ano do “quase” e para 2012 só peço um empurrãozinho amigo, no diminutivo mesmo. Já tropecei demais.
Também sei que todos costumam desejar paz, prosperidade, dinheiro, sorte no amor e meia dúzia de coisas vazias em cartões piscantes nesta época do ano. Eu só desejo a vocês um pouco mais de atitude, por mais que isso nos deixe em situações ridículas.
Mude de carreira de uma vez, emagreça com herbalife ou get a life, troque de namorado(a) ou aceite a solidão de bom grado, escolha você. Vá atrás do que é seu e de tudo que você gostaria que fosse.
Daqui a um ano, quero reler a lista abaixo e me sentir feliz por vê-la quase sem resolução. Não faço planos frustrados, só quero acreditar que o acaso fará alguns planos melhores e ficarei um tanto sem tempo para essas banalidades.
Prometo em 2012...
• fazer a minha mãe um pouco mais feliz (é prioridade, não negocio!)
• aceitar que “desculpa” é apenas uma palavra com 8 letras, e que nela não há magia alguma
• fazer 524 receitas como no filme “Julie & Julia”, porque sou dessas bobas que se inspiram em filmes hollywoodianos
• não me apaixonar platonicamente, nem desprezar um apaixonado. Sem 8 ou 80.
• aceitar mais convites (para sair, nas redes sociais etc)
• ser uma profissional mais empenhada e em publicidade. Chega de velar o jornalismo.
• guardar mais dinheiro
e algumas coisas que merecem segredo. E aí, com quantas promessas você pretende se enganar neste Reveillon?
domingo, 18 de dezembro de 2011
Protest For Dummies
Agora que todos já mostraram suas versões para o encontro de um pitbull com a enfermeira que matou um yorkshire, permitam-me fazer uma análise.
Tenho 5 yorkshires em casa e obviamente fiquei abalada com o ocorrido. Demonstrei indignação, xinguei, assinei petição online e toda parafernalha que apareceu pela frente. Não vou dizer que me sinto mais cidadã por isso, pois não sou, mas tenho plena consciência de que nada além disso poderia ser feito por mim.
Não ouso erguer qualquer bandeira incitando mais violência. Posso falar as minhas besteiras no calor do momento e imaginar incontáveis formas de tortura, mas é a minha primeira reação, o meu instinto selvagem. Não prolongo a bestialidade.
Concordo que tal mulher desequilibrada deva pagar por isso e me consome saber que a pena para um crime tão brutal seja irrisória.
Notem que falo do crime da enfermeira contra o seu cachorro, sem comparação com outros crimes. Foco. O fato da vítima ser um cachorro não ameniza o ato.
Vocês precisam descer desse muro.Que raio de defensores dos animais vocês são quando implicam "se ela faz isso com um cachorro, o que não faz com uma criança?!"? Primeiro o cachorro é frágil por ser um yorkshire e comparam como seria a situação se fosse um pitbull, agora ele é um ser que poderia ter se defendido e a criança é mais indefesa do que ele?
Ou seria a vida do cachorro de uma categoria mais baixa e vocês estão se esquecendo de que toda forma de vida é sagrada? Se querem protestar, ao menos saibam do que estão falando.
De toda essa mobilização, fica apenas uma mensagem no subconsciente coletivo: a população julga que o que ocorreu foi uma infração menor, e a punição deve ser proporcional.
Li muitas mensagens condenando a atenção dada ao caso, todos os demagogos da alta temporada Natal-Reveillon lembrando das crianças que passam fome na Somália e não pude deixar de rir. Não que eu seja sádica, mas diante do caos de mais uma revolução coitadística, fui obrigada a rir.
Por que temos essa mania de lançar um problema sobre outro e ignorar o que precisa ser feito naquele exato instante? Um cachorro foi assassinado e queremos justiça PONTO
Ainda sabemos que mundo a fora pessoas passam fome, que os políticos nos roubam e outros crimes são cometidos contra PESSOAS.
A cada vez que soterramos uma injustiça com nossos problemas maiores, nos mostramos rasos como um pires. Uma camada por vez, por favor. O sistema é brando por nossa culpa. Nós ditamos as prioridades. Cada caso é um caso. Parem tanto de menosprezar a vida do cachorro ditando uma lista pré-pronta para levar ao microondas e servir crocante, quanto de incitar o assassinato da agressora.
A não ser que alguém aqui conheça uma boa agência de viagens que faça o roteiro Goiás-Inferno, o lugar dessa pessoa é na cadeia.
Extravazem, mas não se alimentem disso.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
O dia em que NÃO fui seduzida pela webcam
Nunca estou apta ao uso. Sou do tipo que anda em casa como uma mendiga, mas resolvi encarar um bate-papo mesmo assim. Sempre penso que em tempos de guerra, urubu vira galinha. Não levo a sério.
Imediatamente após a abertura da imagem, tive longos 2 minutos de um close incômodo que mostrava uma língua serpenteando lábios finos, como se eu fosse um suculento sanduíche do Burger King. Por alguns instantes, me senti presa em uma música grudenta do Michel Teló. E falando sério: assim vocês me matam mesmo!
Dizem que sexo é uma arte, mas nunca imaginei que fosse de gênero cômico.
Perdi as contas de quantas fotos íntimas já recebi. Tenho um email cheio de caralhinhos. Sinto-me como o personagem de Lima Duarte em "Os sete gatinhos" que vai cagar e tem caralhinhos voadores desenhados na parede do banheiro.
O que há de tão erótico em um pênis ereto? Que tipo de comentários esperam da minha parte? "Muito bonita a cabeça. Design anatômico, parece confortável...posso sentar?". Perdeu-se a noção do ridículo.
Homens não são excitantes quando beijam seus músculos - vamos combinar: braços grandes qualquer bonecão de posto tem! - e mulheres não despertam nada além de risos quando jogam o cabelo para o lado.Atitudes teatrais são broxantes!
Não que eu seja lá muito saudável, mas neste caso, prefiro comida natural. Esse povo que se pede para viagem é caro e faz mal para a saúde.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
"Bloco do Eu Sozinho"
Não sei se acontece somente em São Paulo, mas tenho notado que estamos cada vez mais sozinhos. E o pior: estamos assim por opção.
Procurando imóveis, notei que é grande o número de apartamentos de apenas um quarto. Um casal? Não. Um solteiro. O casal sempre escolhe um apartamento de 2 quartos. Finge que o quarto vago servirá de escritório, mas na verdade é só um espaço para visitar quando a vontade de esganar o outro se tornar insuportável. É um daqueles acordos silenciosos que fazemos.
Até mesmo os carros estão encolhendo. Todos querem compacto e confortável, como a zona em que se encontram. Penso que uma pessoa que escolhe viver sozinha se encaixa em dois extremos: ou sente muito medo de se arriscar numa relação e ter que se refazer se algo der errado, ou é a mais bem resolvida de todas. Posso garantir que todos nos sentimentos inseridos no 2º bloco.
Nos apegamos a animais de estimação porque são fiéis, nos amam até em bad hair day. Os filhos são opcionais. Invertemos as regras do jogo.
De fato, preciso reconhecer que precisamos ser muito ousados para dizer "quem manda nesta porra sou eu!" e finalmente agir. Sim, agir. Falar é fácil. A responsabilidade pesa nos ombros quando percebemos que somos os únicos a arcar com as despesas. Um amigo que sentiu sua posição ameaçada no trabalho se queixou comigo dias atrás "Eu não posso perder o emprego! Tenho um cão para sustentar!". E é bem por aí mesmo. Viramos gente quando passamos a ser responsáveis por outro ser, não necessariamente uma pessoa.
Alguns de nós saem de casa por uma pressão estúpida da sociedade que obriga todos os filhos acima de 30 anos a abandonarem a casa dos pais. Outros porque querem uma liberdade que finda em um mês. Festas de virar a noite, gente dormindo no chão.
Você não quer isso. Você vira a sua mãe.
Começa a selecionar melhor os seus amigos e pensamentos sobre "más influências" invadem a sua cabeça. Passa até mesmo a cozinhar de avental - antes de se convencer de que o delivery é uma bênção divina.
Faz barulho com as chaves para não se sentir tão só.
Outros se jogam no trabalho num salto mortal carpo triplo e entram no lar doce lar apenas para dormir. Só caem na real na hora de lavar a roupa. E não é que é verdade que as cuecas/calcinhas não são auto-limpantes? Andar pelado pela casa por 10 minutos e se sentir estúpido demais por isso mudará os seus conceitos.
Eu sei que é legal ter um espaço para si onde você possa curtir todos os seus hábitos nojentos, como espremer espinhas e peidar no sofá da sala (se ele existir) assistindo ao jogo do Manchester United. Sim, é verdade! Você tem o melhor pacote de tv a cabo.
Alimentação? Quem? De segunda a sexta dá para enganar com o pessoal do trabalho na hora do almoço e a happy hour é quase obrigatória. Nos fins de semana, só Deus sabe!
Algum solitário se intitulou "boêmio" e isso deu um tom mais importante à condição. É cool, como ser publicitário nos anos 90. Hoje é mais legal ser hairdresser ou "atacar de DJ".
domingo, 2 de outubro de 2011
Modus Operandi
Dizem que barriga não segura ninguém, como se 24 anos de Pensão Judicial - porque é óbvio que o filhinho vai para faculdade - não fosse castigo suficiente. Pensão que muitas vezes passa longe de qualquer fralda. Paga-se do leite à vodka que a distinta irá consumir.
Meu querido leitor deve estar se perguntando "mas que otário cai numa dessa?". Eu respondo: todos. Ela não quer usar camisinha porque "Meu amor, você não confia em mim? Você acha que eu tenho alguma coisa? Está pensando que eu sou uma qualquer?" e lá vai o sujeito sem capa de chuva.
Caso a chantagem emocional não funcione, saibam que haverá um problema de saúde. O médico dela disse que ela está com uma irritação na vagina, e é alergia ao látex. Tadinha! Mas ela vai tomar pílula. Como o santo é de barro e você não vai controlar a hora do remedinho, aconselho que seja o namorado mais atencioso do mundo e a acompanhe ao ginecologista. Pergunte pelo anticoncepcional injetável. Dura 3 meses e você pode acompanhar a aplicação na farmácia.
O golpe pode ser velho, mas ainda há quem se faça de virgem. Nada que transar no último dia da menstruação não resolva. "Ah, mas dá para sentir que não". Engana-se.
Como sei disso tudo? Ouvindo com atenção os relatos das amigas. Já faz algum tempo que aprendi que a melhor forma de conhecer uma pessoa é permitindo que ela fale. Já tive muita amiga biscate! Se os homens pensam que o papo é pesado no ambiente masculino, aconselho que jamais queiram ser a mosca que ronda a nossa sopa.
Não posso esquecer das que parecem desinteressadas. O namoro não é bem aceito na sua casa, e a família dela abre os braços. Dá casa, comida e roupa lavada. De graça? Atualmente, nem ônibus errado. Tudo é investimento. Não precisa ser nenhum Sultão para atrair uma interesseira. Estabilidade é recurso escasso e até mesmo um estudante universitário é visado. O que o sogrão tem? A moça também não precisa ser pobre. Eu mesma reconheço que adoro ganhar o meu próprio dinheiro, mas na hora de escolher alguém, dou prioridade a quem tiver a melhor situação financeira. Toda mulher faz isso - dentro da sua realidade; quase nenhuma admite.
Sexo é moeda e precisa de controle. O câmbio pode ser muito instável. Inclusive, algumas ganham até mais do que seu parceiro. É apenas uma questão de balanço. Ninguém mais quer casar para dividir ou subtrair. Casamento é soma. No caso das moças que cito, é multiplicação.
Por isso, aconselho: não pensem que estou sendo cruel ou radical. Estou sendo a melhor amiga que vocês poderiam desejar. Há uma linha tênue entre mulher interesseira e mulher interessada.
sábado, 1 de outubro de 2011
Estado musical: numa amizade colorida
Costumo dizer que cada indivíduo que se relaciona comigo, da forma que seja, possui uma coletânea e nem desconfia disso. Fazer o quê, sou estranha e adoro mergulhar na minha esquisitice.
Vejo muitas críticas ao cenário musical atual e considero um dramalhão. Não somos capazes de escolher qual música queremos ouvir? Não vejo o menor motivo para criticar gêneros que não me agradam como se fossem alguma doença contagiosa. Minha playlist tem The Cure, The Strokes, Fernando & Sorocaba, hits do carnaval de Salvador... Mais me importa a letra. Pesquiso todas, mesmo que a música seja nacional. Não tenho o ouvido muito treinado.
É fácil criticar a música sertaneja por só tratar de dor de corno, mas quem é que não tem as suas? Quantas bandas internacionais super(estimadas)cultuadas não tratam do mesmo tema? Brasileiro adora bajular gringo. Exporta uma Bossa Nova insossa para inglês ver, pensa que está abafando e sufoca a liberdade de expressão de quem fizer diferente. Não aguento mais ver celebridades internacionais batucando "Garota de Ipanema" em caixinha de fósforo. Gente, vira o disco!
Quantos compraram ingressos para o Rock in Rio pensando nas atrações nacionais? Tratamos nossa música como se fosse brinde. Por essas e outras não dou muita conversa para patriotas de Copa do Mundo.
E qual que é o problema do Restart mesmo? Ah, eles usam calça colorida? Minha nossa! Que ato obsceno. Alguém por um acaso já teve a curiosidade de assistir a um show deles, mesmo que pelo Youtube? Quem teve, sabe que o show inteiro é uma declaração de amor aos fãs, uma troca de energia positiva. Intensidade é a palavra.
Não sou fã deles, mas admito que tenho duas de suas músicas na famigerada playlist. Animam. Vocês que apontam os integrantes como gays por seus trajes, levantam a bandeira contra o preconceito aos homossexuais. Santa discrepância!
Tudo que espero de uma música é que ela me leve a um estado emocional; da melancolia ao êxtase. Não obrigo quem me cerca a aceitar ou recrimino nossas diferenças. O mesmo penso sobre filmes, livros, times, religiões e todas as coisas que dizem que não se discute.
Odeio lavagem cerebral.Afinal de contas, que manual é esse que foi distribuído à sociedade no dia em que faltei ao mundo? Onde está escrito que preciso ser fã do Woody Allen e querer dar para o Chico Buarque?
Por toda a minha vida, vou me dar a liberdade de ouvir um xote para dançar abraçadinho, música "colorida" para animar, Lulu Santos para sentir saudade, e assim por diante...abra a cabeça e pare de se negar prazeres. Se não funcionar, procure o seu médico. Eu procuraria.
sábado, 24 de setembro de 2011
A coisa está preta!
Mesmo que fosse referência a um tom de pele, seria racismo? Devo sentir medo de falar o título do post em voz alta?
Penso que o preconceito toma forma quando procuramos contorná-lo. Está enraizado. Falamos que é aquele rapaz de cor ou moreno, como se ninguém no mundo avistasse um negro alto e forte e chamasse de "negão".
Não se pode mais respirar fora de compasso que alguém veste a camisa dizendo que é preconceito.
Claro que não saio por aí taxando as pessoas disso ou daquilo, mas não me proibo palavras. É apenas uma cor. Desde que não haja um contexto pejorativo, não vejo discriminação. Condenem-me. A loira pode ser a loira, o baixinho é o baixinho e o negão sempre será o negão.
Ninguém acha que você é infeliz por ser negro, mas experimente ser gordo! Parece fazer parte de uma sub-categoria na escala humana. As pessoas não puxam papo, sentem pena sabe-se lá do que, e dificilmente você conseguirá comer em público sem passar por alguma humilhação. Talvez seja um problema maior para as mulheres do que para os homens. Toda turma tem um gordinho gente boa. Já a gordinha fica eternamente com aquele rótulo de mal humorada porque vive na defensiva.
Não existe essa história de gente que está fora de forma e é bem resolvida. É só alguém que disfarça muito bem. Não se aceita o que nos rebaixa. Vivemos para agradar os outros. Vamos abrir o jogo! Já dizia Jacques Rousseau que é preferível ser alguém de paradoxos que de preconceitos.
O diagnóstico popular causa angústia: "e por que não toma uma atitude?". Diga, meu amigo, todo mundo tem um vício.
Aconselho que sempre que derraparem - e isso acontecerá -, se levantem e que seja de um trampolim. Mudar de ambiente e conhecer pessoas novas é apenas um paliativo. Pessoas novas só são boas por que ainda não tiveram a oportunidade de nos decepcionar.
Refletindo sobre a reação da sociedade em geral aos que fogem ao padrão, pergunto: só pode se queixar de preconceito quem é negro ou homossexual? As demais categorias devem aguardar seu espaço no noticiário?
Quero proteção para a loira taxada de burra, o gordo que incomoda por si só, os pobres que sofrem o olhar de nojo das vendedoras, os nordestinos que não podem crescer sem um olhar de repreensão dos sulistas, e quem mais se sentir injuriado. Ou será que a Constituição serve apenas ao homem branco, em forma e engravatado? Ninguém deveria ter o direito de ferir a auto-estima do outro.
Sinto que voltamos a 1997 e depositamos todas as nossas esperanças em um tal de cachimbo da paz. Será que as pessoas realmente fazem alguma ideia do que seja o preconceito de verdade? Não estou dando lição de moral. Parafraseando Cazuza: só estou cansada dessa babaquice, caretice, dessa eterna falta do que falar, e quem quiser que me chame de exagerada.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
"Máscaras de oxigênio cairão..."
Meu medo de gente grudenta é proporcional ao medo que sinto daquele espírito que me persegue quando vou ao banheiro de madrugada. Dou uma corridinha clássica.
É claro que ninguém gosta de ouvir “preciso de espaço”. Dá vontade de alugar uma kitnet para o indivíduo entre um anel e outro de Saturno para que ele veja o que é turbulência de verdade!
Sinto informar aos românticos incuráveis, mas cientistas [insira a nacionalidade aqui] afirmam que existe mesmo limite para tudo.
Ligações de madrugada? Necessidade de ouvir “eu te amo” todos os dias, de volta e por extenso? Eu realmente entendo a frustração de ouvir um “também”; parece que ganhamos bala de troco, mas não há necessidade de fazer drama. Sequer significa que o seu parceiro goste menos de você. Resista a esse impulso infeliz de se declarar só porque as coisas andam bem.
Sentiu vontade de ligar de madrugada? Por que você não vai se foder? É sério! Masturbe-se. Passa. Você tem a minha palavra!
Virar e revirar o travesseiro só para sentir aquele geladinho de novo também funciona, mas eu ainda prefiro a primeira opção.
Já que estamos nesse pé, vamos combinar mais uma coisa: ele não deve ser obrigado a assistir “Top Chef : Just Desserts” ao seu lado. Cada um tem o seu ideal de diversão e caso seja possível conciliar, sinta-se abençoada.
Beijo de língua ao acordar? Minha amiga, você assiste muita novela.
Ser implacável nas redes sociais também é uma iniciativa fundamental para ser expulsa da Matrix. É óbvio que 90% das amigas dele são flertes antigos. Os outros 10% são distribuídos entre parentes, amigas feias e amigas das amigas que ele um dia quis pegar.
Não adianta insistir que ele apague o telefone das distintas. O máximo que conseguirá será transformar “Andréa” em “Andinho”. Pare com isso. Não existe fórmula no mundo que impeça um homem de trair. Não importa quantas vezes você faça o estilo Falamansa e escreva o nome dele na areia dentro de um coração lindo na Praia Grande.
Se ele quiser, acontecerá. Portanto, não perca mais o seu tempo verificando cada atualização de suas redes sociais, pedindo senha e fazendo interrogatórios.
Pode ser que eu seja um tanto fria no meu raciocínio, mas gosto de pensar que sou apenas alguém que prefere aplicar o fogo na coisa certa. Repensem.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Querido desamor...
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Swing e simpatia
Também não há espaço para o ciúme. A ligação é sexual. Quem não souber deixar o emocional de fora, talvez seja o indivíduo mais exposto.
Confesso que a ideia do swing me atrai apenas para assistir. Ser espectadora e criar expectativas. Enxergo como um set de filme pornô. Que mal há em se entregar aos bastidores da fantasia? watch and learn. Sem preconceitos.
Se te deixar mais à vontade, saiba que há tempos o tema caiu nas graças do cinema e garanto que não é preciso se aventurar nas sessões mais sombrias da locadora para encontrar uma mostra. A gradação sexual vai de “De Olhos Bem Fechados” (1999), com Tom Cruise e Nicole Kidman, a “Calígula” (1979). Sentiu curiosidade? Nada como começar assistindo.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
"Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão..."
domingo, 28 de agosto de 2011
"...mas ele vem com bagagem!"
Não, não estou falando de um namoro de ponte aérea. Foi com essa frase que uma amiga me contou por que pensa em abandonar um grande amor: porque ele tem um filho.
Sabemos que novas expectativas de relacionamento trazem consigo antigas ilusões.
Você - que é exigente por natureza e sádica por opção - começa a cobrar itens como: photoshop ocular, reconhecimento intelectual, cavalo branco, pôr do sol, mar com temperatura entre
Confesso que fiquei surpresa com a reação de uma amiga que sempre me pareceu tão acolhedora. Não sei se falo pelo meu instinto maternal aguçado, mas não veria problema algum em conviver com o filho do meu parceiro. Buscar na escola? Jogar videogame? Aturar ciúme da mãe? Rebeldia de adolescente? Tudo bem! Todo mundo tem história. A do meu parceiro teria evidências. Eternas. Querer disputar atenção com uma criança é vergonhoso e não existe a opção “em cima do muro”, a não ser que seja uma nova brincadeira. Ou você abraça todo o pacote, ou volta a caçar potes de ouro no fim do arco-íris.
Impossível ter um relacionamento saudável sem investir em jogo de cintura e bom senso, até mesmo se isso significar relevar os defeitos mais irritantes, como aquela maldita mania de deixar a tábua do vaso levantada. O ronco - que também é meu pecado -, as patadas, crises financeiras, de meia-idade...desde que não abuse da sorte.
Jamais ousaria afirmar que sou um ser evoluído e que passo pela rotina sem dizer nenhum caralho libertador. O “caralho” é um fator decisivo em nossas vidas. Nascemos graças a um; em meio a alguma discussão, sempre seremos bem recebidos em sua casa, e é por ele que chamamos quando levamos um susto.
Apenas tenho a concepção de que as pessoas poderiam simplificar situações em vez de cavar crises.
Minha mãe, que é leitora assídua do meu blog, talvez se espante com a minha posição sobre o tema, já que sempre teve uma opinião diferente a respeito. Mas nada se compara ao dia em que descobriu – neste mesmo blog – algumas das minhas preferências sexuais.
Então, mãe, desculpa, mas eu criaria o filho de outra pessoa. Mais um item a se aceitar.
Quanto a minha amiga, bem...deve ser a única mala da história.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Danoninho Ice
terça-feira, 28 de junho de 2011
Sexo à manivela
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Sabedoria de biscoito conta?
quinta-feira, 9 de junho de 2011
O melhor partido
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Meu lado "Marcellão"
Sou o filho que meu pai não teve, e olha que tenho irmão. Sou a caçula e realizei o sonho do meu pai de ter uma companhia para o futebol, lutas e discussões sobre carros. É comum que um cutuque o outro no trânsito e aponte para um novo modelo, comente valores, potência, conforto e assim por diante. Meu irmão finge que gosta de futebol, mas não sabe nem o que é impedimento. É só uma forma de aplacar o desgosto de um velho carioca que é Fluminense desde pequenininho.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
"Moço, virando ali, eu dou aonde?"
Tenho certeza de que não passo mais constrangimento do que gente que pede dois cacetinhos na padaria!
Adoro regionalismos, carrego todos comigo. Reza a lenda que tenho o dom de deixar qualquer pessoa à vontade e por isso minhas conversas duram horas. Sou ótima companhia em consultórios, filas de supermercado etc.
Mas será que jeitinho carioca pode ser classificado como regionalismo? Será que é algo que se pega apenas morando no Rio de Janeiro? Acredito que esteja no sangue, seja pessoal e intransferível.
Claro que carregamos nas costas o preconceito de todos os outros Estados, o estigma do sotaque de chaleira, o biscoito que é comido apenas no nosso perímetro. Todo o restante da população brasileira come bolacha. Ofereça uma bolacha ao carioca errado e experimente acordar numa banheira cheia de gelo.
Não se trata apenas de sotaque, território, mas de bom humor, charme, gingado.
Por que o povo carioca é tão feliz? As contas se acumulam, mas em circunstância alguma se cogita cancelar o churrasco do fim de semana. Nem que tenha apenas coraçãozinho e Itaipava. Somos irresponsáveis? Caixão não tem gaveta, diz a sabedoria popular. É muito provável que o exemplo dado acima tenha remetido a uma imagem de mais profunda pobreza, mas foi a intenção. Mesmo o carioca sem grandes regalias tem um sorriso largo para mostrar dia após dia.
Talvez o que nos estimule seja a paisagem que se faz cartão-postal tão despropositadamente - o Rio é uma pin-up -, mas a minha melhor teoria é: este povo não precisa de muito para ser feliz, incorporou o sentimento ao estilo de vida.
Para você que está lendo o meu texto: aquele abraço!
sábado, 16 de abril de 2011
E o primeiro pedaço vai para...
Será que eu quero mesmo saber bem mais que os meus 20 e poucos anos? Gosto de ser ingênua, me apegar ao fator surpresa...mas só de vez em quando!
Imaginei que a esta altura do campeonato estaria casada, talvez planejando um filho. Nunca fiquei tão feliz pelo plano adiado, por ter terminado um relacionamento longo, por ter perdido o chão. Sou feita de todas as circunstâncias e valeu cada lágrima derramada, cada decepção.
Não tenho por perto todos que amo, também não escolhi nenhum bolo personalizado ou uma programação exorbitante. Pela primeira vez em anos, posso dizer que me sinto feliz apenas por existir. Meu bolo não teve velinha, mas, ao acordar, sentei na cama, apertei bem os olhos e me desejei. Isso mesmo! Quero ser eu todos os dias, e que eu nunca me permita ser menos.Deixo com vocês a música que me define desde muito antes desta idade e o meu pedaço de bolo, afinal, eu sou um belo clichê:
Raimundos - 20 e Poucos Anos (é, eu sei que a composição é do Fábio Jr.!)
Você já sabe
Me conhece muito bem
Eu sou capaz de ir
Vou muito mais além
Do que você imagina...
Eu não desisto
Assim tão fácil meu amor
Das coisas que
Eu quero fazer
E ainda não fiz
Na vida tudo tem seu preço
Seu valor
E eu só quero dessa vida
É ser feliz
Eu não abro mão...
Nem por você
Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos
Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos...(2x)
Tem gente ainda
Me esperando pra contar
As novidades que eu
Já canso de saber
Eu sei também
Tem gente me enganando
Ah! Ah!
Mas que bobagem
Já é tempo pra crescer
Eu não abro mão...
Nem por você
Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos
Quero saber bem mais
Que os meus 20 e poucos anos...(4x)
terça-feira, 12 de abril de 2011
Chiclete sabor desespero
sábado, 2 de abril de 2011
Na dúvida...gentileza!
Xingar alguém que acabou de pisar no seu pé é limitar o espaço da educação. Não há tempo hábil para se redimir. Acabamos trocando farpas desnecessárias.
Não vou dizer que sou o tipo de pessoa que sai pelas ruas com um sorriso. Pelo contrário, sou sisuda, concentrada, estou mil passos à frente do caminho que faço. Essa concentração acaba se transformando em distração, e assim ocorrem os acidentes. Aquela passagem abrupta a passos largos. Somos apressados, mas não somos más pessoas.
Muitos já me perguntaram "alguém te dá bom dia?". Sim, todos que convivem comigo, mas a priori, não. Costumo dizer que se carisma estivesse à venda, eu o compraria mais do que feijão.
Minha forma de cumprimento é o olhar, muitas vezes ignorado. Já me surpreendi com um olhar luminoso retornado por uma pessoa que parecia inflexível.
A verdade é que nenhum de nós sabe quanto chumbo o outro carrega nas costas. Aquela velha história: todo mundo vê as pingas que tomo, mas ninguém vê os tombos que eu levo.
A gentileza parece um esforço a mais, dispensável. Por que ser gentil se a porrada que se toma vem dez vezes mais forte e por todos os lados? Porque todos precisam de um afago. A teoria é linda, mas não basta plantar a semente, tem que regar!
Ofereça ajuda a um vizinho, nem que seja para andar 20 metros com suas compras até a entrada de serviço. Dê bom dia a todos, não importa a hierarquia. Ignorar um porteiro ou uma faxineira é dar uma bofetada em quem colabora para o seu bem-estar. Seja grato.
Venha! Vamos viver dias de primavera!