sábado, 2 de abril de 2011

Na dúvida...gentileza!

Apressada como todo morador de São Paulo vive, é comum que eu ignore trombadas e a ausência geral de boas maneiras. Quantas vezes por dia você pede desculpas? Se respondeu "várias", alguma coisa já está errada. Caso estivesse agindo certo, não teria que se desculpar. Uma vez ou outra é gentileza.
Xingar alguém que acabou de pisar no seu pé é limitar o espaço da educação. Não há tempo hábil para se redimir. Acabamos trocando farpas desnecessárias.
Não vou dizer que sou o tipo de pessoa que sai pelas ruas com um sorriso. Pelo contrário, sou sisuda, concentrada, estou mil passos à frente do caminho que faço. Essa concentração acaba se transformando em distração, e assim ocorrem os acidentes. Aquela passagem abrupta a passos largos. Somos apressados, mas não somos más pessoas.
Muitos já me perguntaram "alguém te dá bom dia?". Sim, todos que convivem comigo, mas a priori, não. Costumo dizer que se carisma estivesse à venda, eu o compraria mais do que feijão.
Minha forma de cumprimento é o olhar, muitas vezes ignorado. Já me surpreendi com um olhar luminoso retornado por uma pessoa que parecia inflexível.
A verdade é que nenhum de nós sabe quanto chumbo o outro carrega nas costas. Aquela velha história: todo mundo vê as pingas que tomo, mas ninguém vê os tombos que eu levo.
A gentileza parece um esforço a mais, dispensável. Por que ser gentil se a porrada que se toma vem dez vezes mais forte e por todos os lados? Porque todos precisam de um afago. A teoria é linda, mas não basta plantar a semente, tem que regar!
Ofereça ajuda a um vizinho, nem que seja para andar 20 metros com suas compras até a entrada de serviço. Dê bom dia a todos, não importa a hierarquia. Ignorar um porteiro ou uma faxineira é dar uma bofetada em quem colabora para o seu bem-estar. Seja grato.
Venha! Vamos viver dias de primavera!


15 comentários:

Raphael disse...

"Se carisma estivesse à venda, eu o compraria mais do que feijão".

Ou então poderia ficar rica vendendo. Seu texto demonstra uma sensibilidade em extinção. Aqui no Recife, infelizmente, não é muito diferente do que você descreveu.

Alan Salgueiro disse...

Reflexão muito bem cunhada! Situação paradoxal: ao mesmo que precisamos dessa ternura, somos colocados diante de um cenário tão hostil que é difícil promover algum sentimento doce em meio a tanto amargor. São as 'desmaravilhas do mondo muderno'!

ॐ Ingrid Souza e Aline Udovic. disse...

seguindo, segue tambem

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http://enfiimnos.blogspot.com

dê um sim á igualdade racial, social, sexual e religiosa. comente!
http://enfiimnos.blogspot.com/2011/03/dont-say-no-come-on-and-just-say-yes.html

obgd ;*

Unknown disse...

Gentileza para mim deveria ser uma matéria nas salas de aula.

Analogias à parte, creio que isso vem de berço... Ou da educação que ao longo da vida do ser, a pessoa vai recebendo.

paradigmas universal disse...

Bonitos pensamentos ajudar sempre é bom, faça o bem mesmo que isso te custe algo.

o titulo do seu blog, me fez lembrar um texto que escrevi semana passada.

chama-se transferência de dúvidas se quiser me visitar leia esse texto.

Leonardo I disse...

Engraçado. Buscamos tantas coisas... tantas pessoas.. nos sentimos tão sozinhos e mesmo assim nos esquemos que a mudança de uma simples atitude poderia tornar-nos mais próximos e menos solitários. Gentileza não mata, pelo contrário.

Comec Visual disse...

Olá a todos

Bom... eu não sou perfeito, e alias estou muito longe disso, porem. Acredito que o principio de tudo isso é a humildade, você não esta neste mundo sozinho, apesar das diferenças todo mundo é igual, eu moro em cruzeiro-sp é interior e tipow aqui é bem calmo, mas temos pessoas que pedem esmolas e tals como qualquer outra cidade, tem gente que simplesmente ignora a presença dessas pessoas, não que temos que ajudar todos os mendigos do mundo, porem, você já parou pra pensar que as vezes ele realmente esta com fomo e que só esta pedindo tipo 1 real ?, e o você poderia as vezes olhar para ele e falar assim: “ pêra ai vou ver...” e se tiver um 1 real, poderia dar para ele, pequenas ações revelam grandes pessoas....

Sei lá só um coment kkkk, muito bom o blog, vou seguir.. voltarei mais vezes Atenciosamente equipe Comec Visual.

Tsu disse...

Olá

Eu sempre procuro tentar ser gentil com as pessoas, claro que ás vezes não dá e acabamos tendo que xingar para elas se tocarem. Porém sempre tento dar um bom dia á todos.

Gostei muito da foto, cor viva em monocromático.

Estou te seguindo..depois se puder, passe no meu blog (e se não for pedir muito...siga-me também)

http://www.empadinhafrita.blogspot.com

Daia Scarlet disse...

realmene as vezes na correria do dia, nos estressamos e ficamos ocupados com tantas coisas que nem paramos para pensar em ser gentil com as pessoas :s

felipe leon schosler disse...

gentileza gera gentileza... ja dizia o poeta!!! gostei do blog estou seguindo segue o meu tb: http://fleonandthecity.blogspot.com/

Bill Falcão disse...

Muito bem dito! Eu sempre digo que falo com o presidente da empresa do mesmo jeito que falo com o porteiro. Tenho cumprido minha palavra.
Bjoo!!

Vera Lee disse...

A gentileza é inerente a maioria das pessoas. Mas as situações cotidianas por vezes transforma um gentleman num vândalo.
Quem utiliza onibus e metrô sabe muito bem do que falo!
Mas a gente vai procurando demonstrar educação e ternura, aos poucos contaminando aquele que acordou com o pé esquerdo, e muitas vezes um sorriso ou um olhar carinhoso tira o mau humor dos mais empedernidos.

Fernando Braga disse...

Bom texto. Gostei.

Felipe disse...

É um conceito meio paradoxal estar concentrada em algo mais que não o agora. rs Mas é...pode ser.

Felipe disse...

AH, e é verdade...gentileza hoje acho que virou uma mera formalidade, desprovida de conteúdo tanto racional quanto emocional.

Teve um dia que fui na casa da minha namorada, fui apresentado a um conhecido da família e apertei a mão dele. O cara apertou minha mão dizendo assim: Oi, tudo bem? Ah sim...tudo bem...

Pergunta: eu perguntei se ele estava bem?? uahsuah NÃO! O cara se comportou praticamente como um cachorro de Pavlov, condicionado de alguma forma, sem estar agindo com sensibilidade.

Esse tipo de gentileza eu dispenso, sério.