
Ser bom de briga não se resume a reverberar.
Talvez seja fazer o que ninguém mais parece disposto a fazer. Ter iniciativa, coragem e ir lá buscar o que é seu, independente de onde se encontre esse tal de "lá".
É sempre bom lembrar que esforço não oferece garantias. Ninguém está livre do fracasso simplesmente por ter se dedicado a uma tarefa. Não parece uma boa estratégia aplicar um ideal de camelô paraguaio - "La garantia soy yo" - a tudo que se faz.
Dizem que tenho uma planilha até mesmo para respirar, e se por um segundo eu perder o fôlego, vou querer saber o que ocorreu nesse intervalo.
Há quem chame de neurose, mas eu prefiro chamar de planejamento. Sou daquelas pessoas que quando têm uma ideia e nenhum papel à vista, anotam na própria mão, nos braços, na nuca do colega da frente. Não importa.
Uma boa ideia não pode escapar.
Claro que tenho meus momentos de hesitação, mas prefiro dar a cara a tapa. Por que não mostrar meus planos infalíveis a alguém que tem mais experiência? Nada como não ter medo de fazer papel de bobo. E não é que bancar o bobo de vez em quando pode ser uma delícia? A chance de passar vergonha e ir à lona só me lembra que lonas podem ser um bom ponto de impulso.
Com o passar dos anos, aprendi que tanta disposição precisa ser dosada, não reprimida. Saber identificar boas oportunidades de ficar calada tem sido uma habilidade a exercitar. Às vezes, mais vale olhar nos olhos e ouvir com atenção. Saber ser subordinada. Mesmo o mais inexperiente tem algo a ensinar, ainda que seja "como não fazer".
Se quiser inovar, faça isso calculando os seus riscos e gerenciando suas crises. Jamais descaracterize quem você é. Essência é uma coisa que só queimamos quando está contida em incensos.
Um comentário:
Eu chamo planejamento, mas tem uma galera que chama de controle, fico meio ofendida, mas paciência.
Como você disse, é preciso dosar, mas sem perder a essência e aquela loucurinha que dá a singularidade de cada um.
Assino embaixo do que disse.
Postar um comentário