quarta-feira, 30 de maio de 2012

Menos, bem menos.


Não há idade tão chata e pedante quanto os laureados 18 anos. Como se aniversários fossem milhas acumuladas para a onipotência, um cartão de boas-vindas ao mundo dos adultos.
A partir daí, surgem os adolescentes cheios de opiniões rasas, sem educação e com alguma noção de que ser "do gueto" é ter atitude. É ainda mais feio nas mulheres, e algo comum na última safra, que cresceu adornada por clipes do 50 Cent. Alguns se apegam tanto a essa fase que jamais saem dela. Ter 18 anos aos 30 não é nenhuma fonte de juventude eterna; talvez seja apenas uma imbecilidade disfarçada de cacife.

Estou para ver situação mais patética do que a de um jovem que está disposto a falar tudo e a ouvir nada. Que não sabe que discordar de uma pessoa pede por cordialidade. Um simples "é um bom ponto de vista, mas, na minha percepção, ____________" traz polidez e razoabilidade a qualquer assunto tratado. É uma pena que se sirva constantemente de uma face arrogante, que não olha para os lados e se dispõe a continuar sua diarréia oral na máxima potência. Parece que está no topo da cadeia alimentar.

Recomendo com a sutil sabedoria adquirida nos últimos anos (e com ares de Karatê Kid): calma, pequeno gafanhoto*.

* licença poética.

4 comentários:

Daarsh disse...

Foda. Mas isso ocorre justamente pelo excesso de valorização e "passassão" de mão na cabeça da molecada. Claro que isso não é de hoje, é um evento visto a olhos nus desde o inicio da decada de 2000.
Reflexo dele é a total incapacidade de ouvir os mais velhos sem que isso lhes soe uma afronta.

*♡* Jane Dos Anjos *☆* disse...

Falou tudo... os jovens pensam que sabem tudo, ~são os reis do mundo, mal sabe eles que não é bem assim e é aí que muitos quebram a cara antes do tempo!!
Saudades de vir aqui ler seus textos... é bom demais ler coisas inteligentes!! Bjs

http://www.artesdosanjos.com.br/

Fabio Rocha disse...

Boa!

Soyuz disse...

Estava pensando em algo relacionado a isso ontem... Sobre os jovens aprenderem a ouvir, e filtrar, o que os velhos dizem e vice-versa. Tem a ver com os vícios naturais da juventude e da velhice nos discursos sobre a vida em geral. A grande amplitude desses vícios(idealismo cego no jovens e cinismo cego nos velhos, por exemplo), faz com que, algumas vezes, uma geração descarte por lote td o que a outra fala... Mas no meio desse joio sempre tem um trigo que vale muito a pena procurar atentamente...

Acho que as pessoas têm que aprender a ouvir mais e falar menos... concordo...