Não, não estou falando de um namoro de ponte aérea. Foi com essa frase que uma amiga me contou por que pensa em abandonar um grande amor: porque ele tem um filho.
Sabemos que novas expectativas de relacionamento trazem consigo antigas ilusões.
Você - que é exigente por natureza e sádica por opção - começa a cobrar itens como: photoshop ocular, reconhecimento intelectual, cavalo branco, pôr do sol, mar com temperatura entre
Confesso que fiquei surpresa com a reação de uma amiga que sempre me pareceu tão acolhedora. Não sei se falo pelo meu instinto maternal aguçado, mas não veria problema algum em conviver com o filho do meu parceiro. Buscar na escola? Jogar videogame? Aturar ciúme da mãe? Rebeldia de adolescente? Tudo bem! Todo mundo tem história. A do meu parceiro teria evidências. Eternas. Querer disputar atenção com uma criança é vergonhoso e não existe a opção “em cima do muro”, a não ser que seja uma nova brincadeira. Ou você abraça todo o pacote, ou volta a caçar potes de ouro no fim do arco-íris.
Impossível ter um relacionamento saudável sem investir em jogo de cintura e bom senso, até mesmo se isso significar relevar os defeitos mais irritantes, como aquela maldita mania de deixar a tábua do vaso levantada. O ronco - que também é meu pecado -, as patadas, crises financeiras, de meia-idade...desde que não abuse da sorte.
Jamais ousaria afirmar que sou um ser evoluído e que passo pela rotina sem dizer nenhum caralho libertador. O “caralho” é um fator decisivo em nossas vidas. Nascemos graças a um; em meio a alguma discussão, sempre seremos bem recebidos em sua casa, e é por ele que chamamos quando levamos um susto.
Apenas tenho a concepção de que as pessoas poderiam simplificar situações em vez de cavar crises.
Minha mãe, que é leitora assídua do meu blog, talvez se espante com a minha posição sobre o tema, já que sempre teve uma opinião diferente a respeito. Mas nada se compara ao dia em que descobriu – neste mesmo blog – algumas das minhas preferências sexuais.
Então, mãe, desculpa, mas eu criaria o filho de outra pessoa. Mais um item a se aceitar.
Quanto a minha amiga, bem...deve ser a única mala da história.
5 comentários:
Coragem, hein? Revelar todas essas coisas para a sua mãe a para leitores desconhecidos... Coisa rara!
Até a próxima!
Valeu!
Uau... um tapa na cara da amiga sem precisar de um dedo.
Sou como vc, falo de coisas minhas tbm no meu Blog e não tenho vergonha do meu passado e nem terei do meu futuro, sua amiga talvez esteja perdendo um homem maravilhoso, pois se ele for um bom pai, provavelmente será um excelente marido e companheiro, meu marido tem 14 anos a mais na bagagem e cheio de manias estranhas e muito inseguro, mais as qualidades dele se sobressaem acima disso tudo, é carinhoso e atencioso, bom pai e excelente marido.
As pessoas as vezes idealizam coisas e pessoas que não existem.
Bjs e obrigada pela visita...^^
Concordo com você, minha familia que me desculpe mais sim meu namorado veio com bagagem e eu adoro minha enteada e cuida dela como se fosse minha!
Celle, acho que tanto você quanto sua amiga tem razão. O fato de se pensar bem sobre um relacionamento com "bagagem" é bastante compreensível.
A "bagagem" não se resume ao filho somente. O fato deste existir implica no convívio constante com a mãe da prole, ou seja, uma EX com laços duradouros.
Provavelmente, o filho não trará grandes problemas, mas a existência dessa ex pode trazer importúnios constantes. Ainda mais se ela for uma neurôtica, paranóica, egoísta e egocêntrica como as que tenho visto por aí.
Concordo, todos temos nossos passado e amar é ceder, eu aceitaria sem problemas tambem...sua mãe deve ter ficado em choque quando leu sua revelação a segunda...rssrssrs....acho q ela sobrevive a essa!!! Bye...
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