terça-feira, 30 de agosto de 2011
"Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão..."
domingo, 28 de agosto de 2011
"...mas ele vem com bagagem!"
Não, não estou falando de um namoro de ponte aérea. Foi com essa frase que uma amiga me contou por que pensa em abandonar um grande amor: porque ele tem um filho.
Sabemos que novas expectativas de relacionamento trazem consigo antigas ilusões.
Você - que é exigente por natureza e sádica por opção - começa a cobrar itens como: photoshop ocular, reconhecimento intelectual, cavalo branco, pôr do sol, mar com temperatura entre
Confesso que fiquei surpresa com a reação de uma amiga que sempre me pareceu tão acolhedora. Não sei se falo pelo meu instinto maternal aguçado, mas não veria problema algum em conviver com o filho do meu parceiro. Buscar na escola? Jogar videogame? Aturar ciúme da mãe? Rebeldia de adolescente? Tudo bem! Todo mundo tem história. A do meu parceiro teria evidências. Eternas. Querer disputar atenção com uma criança é vergonhoso e não existe a opção “em cima do muro”, a não ser que seja uma nova brincadeira. Ou você abraça todo o pacote, ou volta a caçar potes de ouro no fim do arco-íris.
Impossível ter um relacionamento saudável sem investir em jogo de cintura e bom senso, até mesmo se isso significar relevar os defeitos mais irritantes, como aquela maldita mania de deixar a tábua do vaso levantada. O ronco - que também é meu pecado -, as patadas, crises financeiras, de meia-idade...desde que não abuse da sorte.
Jamais ousaria afirmar que sou um ser evoluído e que passo pela rotina sem dizer nenhum caralho libertador. O “caralho” é um fator decisivo em nossas vidas. Nascemos graças a um; em meio a alguma discussão, sempre seremos bem recebidos em sua casa, e é por ele que chamamos quando levamos um susto.
Apenas tenho a concepção de que as pessoas poderiam simplificar situações em vez de cavar crises.
Minha mãe, que é leitora assídua do meu blog, talvez se espante com a minha posição sobre o tema, já que sempre teve uma opinião diferente a respeito. Mas nada se compara ao dia em que descobriu – neste mesmo blog – algumas das minhas preferências sexuais.
Então, mãe, desculpa, mas eu criaria o filho de outra pessoa. Mais um item a se aceitar.
Quanto a minha amiga, bem...deve ser a única mala da história.